segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dep. Frederico e PP tentam fraudar com crime a eleição!


O Dep. Frederico virou um ondeiro! Nada a ver com surfistas e afins, mas, isto sim, com aquela pessoa que faz onda, que lança boatos, que vê chifre em cabeça de cavalo ou que tenta criar uma situação que não existe. Se fosse só isso, tudo bem! Cai nas lorotas do Dep. quem quer ou a ingenuidade permitir. Só que desta vez o Dep. foi longe demais. Ultrapassou todos os limites da ética (o que, de fato, não é nenhuma surpresa) e, além disso, os limites que separam o cidadão de bem do marginal (o que, segundo a Justiça Federal de Santa Maria, também não é surpresa). Marginal stricto sensu, não no sentido de bandido (e ao não dar o sentido de bandido aqui, estou lhe prestando um favor, como verão), mas no sentido de que marginal é aquele que anda, ou pensa que pode andar, à margem da lei.

O Dep. Frederico Antunes, fez contato com uma das irmãs proprietárias do Jornal Pampiano, a Sra. Daiane, e negociou a compra da capa do jornal por R$ 580,00 (quinhentos e oitenta reais), segundo depoimento da Sra. Daiane ao Ministério Público Eleitoral e à Polícia Federal. Depois disso, pediu à proprietária a Razão Social e o CNPJ da Editora Alves de Jornais e Revistas Ltda, que edita o Jornal Pampiano, com a justificativa de que precisava dos dados para efetuar o pagamento. Se utilizando destes dados, contratou em nome da Editora uma pesquisa fraudulenta junto ao Instituto INDEX (?) e registrou-a no TSE. A pesquisa teria sido realizada entre os dias 21 e 23 de setembro, e seria divulgada somente no dia 29. Por que somente no dia 29, seis dias após a pretensa realização da pesquisa? Primeiro, por que 29 cai num sábado. E o que isso importa? Importa que a RBS TV de Uruguaiana só aceita as fitas de propagandas dos partidos para rodarem no fim-de-semana e na segunda-feira, se foram entregues na sexta anterior, até as 16:00. Isto é, os partidos que se sentissem prejudicados pela divulgação da falsa pesquisa só poderiam contestá-la na televisão a a partir de terça-feira. Enquanto isso, o PP, do Dep. Frederico e do candidato Mauro Brum, iriam deitar e rolar durante todo o fim-de-semana e na segunda-feira, 3 dias portanto, alardeando um falso crescimento do seu candidato, sem resposta de seus opositores. Segundo, por que, depois de 3 dias de propaganda sem resposta (sábado, domingo e segunda), e a 5 dias apenas da eleição, seria difícil reverter a crença que ela tivesse gerado na população. Era o golpe perfeito para fazer a população crer que a onda de que há uma onda de crescimento do candidato Mauro não é onda, e sim verdade. Era, porque o golpe foi por água abaixo. Ou onda adentro.

Inicialmente, como gosta de citar o Promotor Rodrigo nas suas petições, “tirante a ingenuidade dos santos”, os partidos (pelo menos um) opositores ao PP se viram prejudicados e se deram conta que a pesquisa era fraudulenta pelos seguintes aspectos: a) a pesquisa era anônima (não havia sequer espaço para identificação do entrevistado no formulário cadastrado no TSE). Não seria possível comprovar sequer a existência de entrevistados; b) o preço da pesquisa era irrisório, menos de 30% dos concorrentes, se comparado a qualquer outro instituto com sede no RS; c) a Contratante da pesquisa cadastrada no TSE, a Editora Alves, que edita o Jornal Pampiano, já foi multada em R$ 53.000,00 na última eleição por divulgação de pesquisa sem registro. Obviamente, tudo se encaminhava para uma fraude, no sentido de manipular o entendimento do eleitor. Mas o fiasco maior ainda estaria por vir.
Diante de tais fatos, o PSDB foi ao contra-ataque, antes mesmo de ser atacado, através de 2 frentes. A primeira, judicial, para cumprir as formalidades, haja vista a má-vontade declarada e pública do magistrado eleitoral de nossa Comarca em conceder Direitos de Resposta e Liminares. A segunda, marketing e propaganda: mandou imprimir 30.000 páginas de jornal denunciando a fraude, sem citar nomes de partidos e/ou candidatos, e fez uma maciça distribuição no Centro da cidade, no dia 27. Além disso, entrou em contato com as proprietárias do Jornal Pampiano, que denunciaram a fraude e, inclusive, gravaram um depoimento, que segue abaixo, declarando que não contrataram qualquer pesquisa eleitoral e, muito menos, registraram-na no TSE. E aqui vem o fiasco maior: antes que o depoimento fosse ao ar, antes que o juiz se manifestasse, somente com a distribuição dos panfletos, aquele que cadastrou a pesquisa no TSE, descadastrou-a no meio da tarde de quinta, 27. É isso mesmo: a pesquisa sumiu do site do TSE.

Tudo isso teria sido cômico, se não fosse trágico. O que aconteceu depois foi um deboche ainda maior com a cidade. Praticamente numa confissão de que fora o autor de toda esta trapalhada, o PP e seu marqueteiro, novamente realizaram o registro da mesma pesquisa, com o mesmo preço, mesma abrangência e, pasmem, o mesmo anonimato.

O que me leva a tirar desse episódio, algumas conclusões: Primeiro, que o Dep. Frederico é aquilo mesmo que eu sempre pensei que fosse: um escroque. Segundo, que ele envergonha o PP de sua terra natal, os seus conterrâneos e a própria Uruguaiana. Terceiro, que a pesquisa era fraudulenta mesmo, haja vista ter sido contratada para que fosse feita de forma anônima, ter sumido o seu registro, e depois de trocado o nome do contratante, ter sido novamente registrada, agora em nome da empresa do marqueteiro do PP. Quarto, mas principalmente, que infelizmente, dado ás influências nefastas de seus líderes, o PP, ultimamente deixou de ser um Partido e pode ser identificado como quadrilha ou bando.

Conheçam nos vídeos abaixo o verdadeiro Mauro Brum. Estes vídeos foram editados por simpatizantes e seus áudios originais enviados aos dirigentes do PSDB, que estariam decidindo se utilizariam ou não. Segundo ouvi de um alto prócer do PSDB, dependerá do próprio Mauro Brum a sua utilização na televisão. Se ele quiser levar o combate para o solo nos últimos dias, como demonstrou no programa de hoje ao meio-dia, terá resposta. Se quiser manter o nível, também terá companhia. E segundo o mesmo dirigente, o Dep. Frederico seria o principal alvo no debate da RBSTV: “O próprio Frederico escolherá os adjetivos que usaremos ao lado do seu nome no debate da TV”

Nestes vídeos, Mauro Brum responde ele mesmo se é conciliador, tranqüilo e se manterá o que está bom, como tem afirmado na TV. Parece que há mais 4 vídeos bem mais fortes e sob a guarda de 3 pessoas simultaneamente.


Este é o melhor de todos, sobre o asfalto!




Já neste, Mauro Brum demonstra todo o seu lado conciliador!



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Vaza Pesquisa para Prefeito de Uruguaiana


Pesquisa encomendada por entidade de classe, que não tinha interesse na publicação, e por isso não registrada na Justiça Eleitoral, e realizada por renomado instituto de pesquisa, vazou nesta manhã em Uruguaiana. Alegria de uns, tristeza de outros. Tive acesso aos dados e compartilho com os amigos.

Espontânea

Entrevistados
Percentual
Dr. Lourival
30
5,0
Mauro Brum
62
10,2
Kiko Barbará
65
10,7
Schneider
266
44,0
Maria de Lourdes
12
2,0
Branco
11
1,8
Nulo
4
0,7
Não sabe
139
23
Não informou
16
2,6
Total
605
100

Estimulada

Entrevistados
Percentual
Dr. Lourival
47
7,8
Mauro Brum
80
13,2
Kiko Barbará
85
14
Schneider
297
49,1
Maria de Lourdes
21
3,5
Branco
14
2,3
Nulo
3
0,5
Não sabe
48
7,9
Não informou
10
1,7
Total
605
100

Análise: Comparada à perquisa do Profº Rudi, de 10 dias atrás, que também vazou, se nota o crescimento de Luiz Augusto “Felice” Schneider e de Mauro “Visatec” Brum, a queda de Kiko “Bonotto” Barbará e a estagnação de Lourival “Caio” Gonçalves. A Central de Boatos do Facebook, comandadas pelo Dr. Jorge Ribeiro, Dr. Gilberto Verdum, Eduardo Bruggemann (O Príncipe da Lingüiça) et caterva, não demonstra resultados. Ovelha não é prá mato. O Dr. Gilberto, por exemplo, na sua santa ingenuidade (política, tão somente), chegou a afirmar que Lourival “algoz da Califórnia” Gonçalves estaria empatado com Schneider. ...Pausa para Gargalhada!!! Com a canastrice apresentado nos programas, vai ser difícil chegar aos 2 dígitos. Sem falar na crise financeira que ameaça parar a campanha a qualquer momento. Já Kiko Barbará ainda não encontrou o seu Norte, e por isso cai vertiginosamente. Se nem ele sabe se é de oposição ou de situação, não pode querer que o povo saiba. Seus programas são pobrezinhos, e a Beira-Rio caiu no ridículo. O projeto original, da década de 70 tinha uma utilidade clara, que era a contenção das cheias. O projeto apresentado por Kiko é uma marina para que aqueles que pensam que são ricos tenham onde atracar as suas lanchas. Mauro Brum cresceu. O problema (dele) é que cresceu ainda menos que Schneider, que já estava muito na frente. Enquanto Mauro avançou 6,5 pontos, Schneider avançou 9. Na prática, Schneider cresceu mais 2, 5% sobre Mauro, e muito mais sobre os outros, o que lhe garante uma posição mais confortável. Está claro que Schneider conseguiu passar a sua mensagem, de que representa a continuidade, e que os outros não conseguiram passar a sua, de que são a renovação, e que esta é a melhor opção. Todos, com exceção de Schneider, tentaram se repaginar e se apresentar como nova opção. Entretanto, o grosso do elitorado sabe que Mauro Brum é despreparado, além de desconfiar de seu caráter e de suas intenções, haja vista ser campeão de diárias, ter servido Bonotto e Caio e, pior de tudo, ter sido o responsável pela assinatura da requisição do aditivo contratual da Visatec, que aumentou o valor pago àquela empresa pelo aluguel de máquinas em 25%. E isso depois do Caio contratar o aluguel por cerca de R$ 200.000,00 mensais, quando a compra em 48 vezes sairia por cerca de R$ 100.000,00 mensais, e no fim o parque de máquinas seria propriedade da Prefeitura. Mauro foi de encomenda para a Secretaria de Obras, ficou lá por uns 15 dias, só para assinar o aditivo. Tem razão, o povo, em desconfiar do seu caráter e do que ele realmente quer na Prefeitura.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eleições: Quanta diferença...


Fiquei pensando no que disseram Luiz Augusto Schneider e Felice na propaganda de hoje. Por que só ele mostra o que fez? Por que só ele mostra com quem anda? Se não, vejamos: O candidato Lourival foi Secretário de Saúde do Carus, por mais de 1 ano. Não mostrou, e nem mencionou, pelo menos ainda, na TV, absolutamente nada sobre a sua história como Secretário. Nadica de nada. Nem um postinho ou ação que tenha melhorado a saúde no Município ou beneficiado a população. Além disso, também não mostrou ou sequer mencionou o apoio que está recebendo do ex-Prefeito Caio. Este apoio, além de partidário, haja vista o PTB fazer parte da Coligação Viva Uruguaiana, se dá de modo pessoal, estando o ex-Prefeito Caio volta e meia “pendurado” em uma caminhonete desfilando pelos bairros ao lado do candidato. Já o candidato Kiko Barbará, que foi Secretário de Habitação de Caio (olha ele de novo), ainda não mostrou nem uma das volantes que entregou como módulos habitacionais na Vila Anita Garibaldi. E além de não citar o ex-Prefeito Caio, não cita o apoio de um dos mais altos próceres de seu partido, o também ex-Prefeito Neíto Bonotto, que, obviamente, deverá ocupar cargo de alta relevância na sua administração, caso eleito. Diante da experiência que acumula, como Prefeito e administrador de estatais, além de empresário muito bem sucedido, não seria de surpreender se fosse o Secretário da Fazenda de Kiko, que esconde-o não se sabe bem o porquê. Ou talvez o Gerente seja o responsável pela faraônica obra mostrada em seu programa de TV. O Gerente tem experiência em administra grandes orçamentos. Vai saber...!? Já Mauro Brum parece mais corajoso. Mostra pelo menos a metade da verdade. Mostra a Senadora Anamélia, que é vista como traidora do partido depois da sua posição em relação à eleição de Porto Alegre, onde apoia Manuela ao invés do candidato que seu partido apoia. Mostra Frederico, figura perigosa, porque a qualquer momento pode ensejar o rebaixamento do nível do debate, se for trazido à tona o assunto do Escândalo do DETRAN, que originou uma Ação Penal na Justiça Federal de Santa Maria, no qual o Deputado é RÉU. Mostra Antônio Antunes, homem que também pode ensejar o rebaixamento do nível da discussão, haja vista ter colaborado decisivamente na falência da Santa Casa e, principalmente, por ter sido interditado judicialmente pela família por ser pródigo, ou seja, gastar sem controle. Aí acaba a meia-verdade. Mauro não cita que foi Chefe de Patrimônio de Bonotto (que não pode mostrar, pois apoia Kiko), não cita que foi Secretário de Obras e de Governo de Caio (que não também não pode mostrar, pois apoia Lourival). Também não cita o apoio da Vereadora autora da CPI da VISATEC, a Rainha da Linguiça. Aqui abro parênteses. A Rainha da Linguiça anuncia, no verso do seu santinho, que a seu maior feito foi ser a autora da CPI da VISATEC. O relatório desta CPI aponta que Mauro Brum foi Secretário de Obras de Caio somente o tempo suficiente para assinar a Requisição de Aditivo Contratual, que aumentava em 25% os valores pagos àquela empresa. Coisa de 15 dias. Já no anverso do santinho, a Rainha anuncia e pede votos para Muro. Fecha parênteses. Parece um poema do Drummond: Bonotto amava Mauro, que amava Caio, que amava Kiko, que ama Bonotto, (que agora finge) que não ama ninguém. Enquanto isso, Schneider mostra obras e Felice. Me lembro do bordão do comercial do Shampoo Colorama: a minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos...QUANTA DIFERENÇA!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Wolmer, Gessy, Felice, infâmias,....


 Infelizmente não se pode chamar o testemunho ou o depoimento daqueles que já se foram. Embora muitos acreditem que se possa, eu, infelizmente, ainda não passei por esta experiência. Se tivesse melhor sorte, e fosse daqueles que podem, ou dizem que podem, se comunicar com os desencarnados, chamaria a manifestação do conterrâneo Gessy Lima. Gessy, todos sabem, foi um expoente do futebol brasileiro. Era dentista e jogou no Grêmio. Seu apelido era “Craque Paradoxal”, pois não gostava de jogar. Nos dias em que prestou vestibular, o Grêmio encontrava-se em viagem ao Uruguai e a Argentina. No dia anterior ao jogo em Buenos Aires, na já famosa Bombonera, contra o temível Boca Juniors, Gessy comemorou por toda a madrugada, em Porto Alegre, a sua aprovação no vestibular e foi de avião no dia do jogo. Reza a lenda que chegou no estádio 11 minutos antes do jogo, ou que, ainda, teria sido escondido pelo dirigente uruguaianense Ari Delgado, dado o seu estado, e só apresentado na hora do jogo. Desmanchou o Boca, fazendo os 4 gols do Grêmio, sendo aplaudido de pé pelos portenhos, naquele que foi o primeiro jogo em que o Boca perdeu na Bambonera para um time estrangeiro. O placar final foi 4 x 1. Como já foi dito, isto todo o mundo sabe.

Mas existem passagens da vida de Gessy que somente alguns conhecem. Como conheço-as, acho oportuno trazê-las a público neste momento em que um dos partícipes destas passagens é covardemente agredido com o uso da imagem de Gessy. O “Craque Paradoxal”, tinha dois amigos inseparáveis de infância: o melhor jogador de vôlei de sua época em Uruguaiana, futuro professor de Educação Física e que ficaria conhecido entre os mais jovens como técnico de basquete: Manuelão; e o atual Prefeito de Uruguaiana, José Francisco Sanchotene Felice. Os três eram amigos inseparáveis desde que tinham ao redor de dez anos de idade. Felice e Gessy, depois em Porto Alegre, estudaram juntos (na mesma universidade, em cursos diferentes) e faziam festas juntos. Eram como se fossem irmãos. Estas afirmações são fatos. Não são folclore. Há inúmeras testemunhas vivas disso, nas quais busquei estas informações. A vida seguiu seu rumo e, em 1988 ou 1989, quando Felice era Secretário de Administração de Pedro Simon, Gessy, padecendo de um câncer avançado, já quase caminhando com ajuda, resolve recorrer ao amigo. Gessy não estava suportando financeiramente o tratamento (lembrem-se que o SUS data de 88). Felice, no mesmo dia em que recebeu Gessy, um uruguaianense, muito mais do que ídolo gremista, um esportista de renome nacional, nomeou-o Presidente da CIMOR, uma Comissão da Secretaria de Administração que avaliava riscos de insalubridade e periculosidade na função pública estadual. Recebendo pouco menos do que o Secretário da Administração, Gessy custeou seu tratamento e desempenhou suas funções quase até falecer, pois tratava-se de um trabalho intelectual.

Um dos maiores jogadores do Grêmio de todos os tempos, se não o maior, o grande desportista estadual e nacional, uruguaianense, morreu com dignidade graças ao amigo de infância, que, a pedido da família, foi o orador da sua despedida, no seu velório, nas dependências do Estádio Olímpico Monumental, do Grêmio, em Porto Alegre.

Mas, por incrível que pareça, ainda tem mais: Gessy foi testemunha do bullying sofrido pelo Prefeito em sua infância, em virtude da profissão de seu pai. Como todos sabem, Pedro Felice, o pai de Sanchotene, era Agente Funerário. Apesar de ser uma profissão digna e honrada, como todas as outras, sofria um execrável preconceito (segundo testemunhas, pessoas chegavam a se abaixar ao passar em frente a sua casa, para não serem medidas). Como execráveis são todos os tipos de preconceito. E aqui entramos numa seara delicada. O bullying, por si só, é abjeto. Felizmente, graças ao avanço das ciências humanas e sociais, foi identificado no século passado e tem sido alvo de campanhas de esclarecimento, a fim de que seja evitado. São enormes as pesquisas e estudos a respeito das marcas indeléveis que deixa naqueles que não conseguem superá-lo. E o alvo dessas campanhas são justamente os seus autores: crianças e adolescentes, que por vários motivos (maldade pura e simples, falta de educação e/ou limites, tentativa de afirmação, etc...), praticam-no. O que não se faz, via de regra, é punir o seu autor, seja pela sua imaturidade como criança, ou a própria inimputabilidade legal, ou, ainda, pela falta de previsão legal que tipifique-o como delito. Então, temos, na maioria das vezes, como autor do bullying, alguém imaturo ou problemático.

O que não se admite, porém, é a repetição do bullying, sessenta e tantos anos depois, feito por um adulto, que teoricamente deveria ter a noção do que está fazendo e a decência de não fazê-lo. E aqui, caro leitor, chegamos ao motivo deste texto: o jornalista Wolmer Jardim, na sua última coluna, no Jornal Momento, falou de um pretenso embate entre Felice (que tratou por Bomba, no primeiro bullying do texto) e Gessy, que nunca aconteceu. É o jornalismo sobre boato. Não existe testemunha de que o Prefeito tenha afirmado que tal embate existiu. Isso não aconteceu, foi inventado, e o jornalista embarcou. Felice e Gessy jogaram futebol em Uruguaiana. Felice jogava no Universal e Gessy no Uruguaiana. Eram times que não se enfrentavam, por ser o primeiro, amador, e o segundo, profissional. Depois jogaram futebol em Porto Alegre. Felice jogou no Nacional e Gessy no Grêmio. Também eram times que muito raramente se enfrentavam, pela diferença de categoria. Depois jogaram juntos, no mesmo time, na Seleção Gaúcha Universitária, Gessy como titular e Felice como reserva do zagueiro do Renner, campeão gaúcho. Disso sim, há inúmeras testemunhas.

Com a justificativa de tal embate, o jornalista traça um paralelo entre os dois, com desfecho claramente desfavorável a Felice. Se compararmos a carreira futebolística dos dois, pode haver um vitorioso, ou mais bem sucedido. Mas como comparar a carreira de um atleta com a carreira de alguém que se dedicou à vida pública? É o mesmo que dizer que os meus tomates são mais vermelhos que as tuas cebolas. Não existe.

Mas, à guisa de esclarecimento, vamos lá: Felice foi Deputado Estadual duas vezes, uma delas constituinte, Secretário de Administração do Estado, duas vezes Prefeito de Uruguaiana, com aprovação popular inquestionável e Conselheiro Federal de Educação, só para ficar nos cargos maiores. Isso é pouco, jornalista? Por favor.... Só que, para depreciar Felice, neste embate, o jornalista Wolmer, num ato infame, deseducado, deselegante e, atrevo-me, doentio, traz o bullying de volta, sessenta e tantos anos depois, como já afirmei, dizendo que Felice terminaria seus dias abrindo uma funerária na Capadócia. (Me pergunto se o jornalista ainda tem o preconceito daqueles dias e não aceita patrocínio de funerárias nos seus “órgãos jornalísticos”). E mais, ou que ainda termina seus dias como prefeito de uma cidadezinha interiorana. “Cidadezinha interiorana”, pode, a princípio, não parecer ofensivo a Uruguaiana. Só que ao incluir a afirmação numa série de possíveis finais depreciativos para o Prefeito, o jornalista, obviamente, deprecia a sua cidade e seus concidadãos. Como se Uruguaiana fosse o Inferno de Dante. E, vejam bem, estamos falando daquele que teria todos os motivos do mundo para não por mais os pés aqui, se não tivesse superado as provocações traumáticas da infância.

Este comportamento (o do Prefeito) tem nome: sublimação. A sublimação é a mais importante defesa do “ego” e uma das características mais importantes de adaptação à vida, do ser humano. A sublimação se dá quando as energias positivas e negativas oriundas de um mesmo fato negativo (no caso, o bullying) são canalizadas em prol de um único objetivo positivo, no caso do Prefeito, servir ao público. Nem os opositores e nem mesmo os detratores, como o jornalista Wolmer, podem falar que o Prefeito não tenha vocação para servir. Agora, eu questiono, prezado leitor: por que um jornalista, que toda a cidade sabe que está a soldo do Dep. Frederico Antunes, que só passou a criticar a Administração quando perdeu seu patrocínio (parece que isso está ficando comum aqui), que presta seus serviços de “jornalismo” a quem os contrate, criando inimizades de cidade em cidade, que não cria raízes em lugar nenhum, e perambula por aqui e por acolá, e para voltar a estes lugares tem que fazê-lo com discrição, escreve uma barbaridade dessas? A serviço de quê e de quem está esse senhor? E justamente em período eleitoral...

Um dos gigantes da literatura universal, o argentino Jorge Luis Borges, escreveu “História Universal da Infâmia”. O nem tão grande Juremir Machado da Silva escreveu “História Regional da Infâmia”. Quem se atrever a escrever a “História Uruguaianense da Infâmia” já pode reservar um capítulo ao dileto filho do Plano Alto, Wolmer Jardim.

ps: para quem não sabe, Pedro Felice praticamente doou a sua Funerária, vendendo por preço simbólico, a preço de banana mesmo, para a Santa Casa de Uruguaiana, quando se aposentou e se retirou do negócio, para que esta o explorasse. Aqueles do ócio criativo podiam explicar-nos, em resposta, que fim levou o empreendimento, haja vista terem, a maioria, participado da administração daquele nosocômio.  

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O ócio na padaria!

Domenico de Masi é um Cientista do Trabalho italiano. É de sua autoria a monografia "O Ócio Criativo". Segundo de Masi, grosso modo, o "Ócio Criativo" surgiria da intersecção de três elementos: comércio, faculdade e raciocínio lógico. Nada a ver, como o nome parece sugerir, ter idéias geniais no balanço de uma rede. Na verdade, desde o neolítico até hoje, parece que só Dorival Caymmi teve idéias geniais se balançando em uma rede. Mas parece que tem gente que pensa diferente. Por não ter nada para fazer, normalmente por causa da sorte, em virtude de berço ou herança, mas jamais por causa do seu próprio trabalho, pensam que se sentar numa padaria e, como parasitas que são, em pleno horário comercial, ou de expediente, inventar maledicências e fazer fofocas (comportamento que fica até feio em homens de alguma idade) sobre a vida de pretensos adversários políticos, é exercer o ócio criativo. Como eu disse outra vez, cada um contribui com o que tem. Mas daí a começar a telefonar para o emprego, para o trabalho de alguém, e desligar o telefone quando esta atende, com a única pretensão de saber se aquela pessoa se encontrava lá, passa a ser piada. Principalmente quando o telefone tem bina e se sabe a origem das ligações. Mas o que é mais engraçado nisso tudo é o motivo verdadeiro das ligações: saber a real identidade deste que vos escreve. Vou finalmente dizer quem sou e saciar a curiosidade dos Invictos (aqueles que nunca foram vencidos pelo trabalho): Eu sou nós! Sou a mãe que volta prá casa do Posto de Saúde por que o médico não cumpre horário (ou tenta fraudá-lo, né, Dr. Verdum?); sou a criança que não entende por que os parasitas desta cidade não querem que eu saia de casa as 7:00 da manhã para ir ao colégio, no inverno, pisando no asfalto, e desejam que eu volte a enfrentar o barro, assim como sou a minha própria mãe, que nunca teve a oportunidade de ter a casa limpa, por causa da poeira; eu sou o pai que chega em casa e sabe que os filhos pequenos passaram o dia numa escola, por que desde há pouco tempo eu consigo vaga; eu sou o pai cujos filhos não tem Unimed e nem IPÊ, mas que agora tenho Policlínica na Santa Casa, Policlínica Infantil no Mercado, Pronto Atendimento no postão e um Pronto Socorro que, se não é o melhor dos mundos, não parece ter saído da Idade Média, como o antigo (e onde a secretária não precisa mais ficar escondida atrás de uma grade, com medo de apanhar); eu sou a mãe que pode levar os filhos nas praças e nos centros esportivos; Eu sou o surdo e o mudo da Esplanada da Inclusão; sou o comerciante do Mercado Público; sou o homem do campo, cujos filhos não vão mais até a cidade para estudar, e se prostituir e conhecer o crack. Eu sou tantos e ao mesmo tempo sou só um: sou aquele que nunca foi beneficiado ou lembrado por vocês. E, finalmente, sou aquele que fará com que Uruguaiana apague para sempre os seus nomes do mundo político para que vocês sigam parasitando-se uns aos outros, tão somente, e às suas pobres famílias: eu sou o povo, e estou farto de vocês!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Reajuste da FOZ: a posição do Prefeito

O Prefeito Felice enviou dois ofícios à AGERGS, discordando do aumento pretendido pela FOZ. E, diga-se mais, discordando da própria área técnica da AGERGS, que propôs aumento ainda maior que o pretendido pela empresa. Num dos ofícios o Prefeito ainda junta documentos que a própria FOZ enviou à Prefeitura, na época da licitação, concordando com a prorrogação de prazos e concordando com a não alteração de qualquer regra do Edital.

Tais documentos são públicos e cópias dos originais encontram-se no site da AGERGS nos seguintes links:

http://www.agergs.rs.gov.br/site/imagens/editor/images/Of_%20GAPRE%20n%C2%B0%200107-12.pdf

http://www.agergs.rs.gov.br/site/imagens/editor/images/Of_%20GAPRE%20n%C2%B0%200110-12%20Uruguaiana.pdf

Se eu, que não sou jornalista, encontro estas informações no site da AGERGS (que não é difícil, pois está na capa), por que os jornais e blogs de nossa cidade não divulgam estas informações? A quem estão servindo e por quê? Por que querem esconder a posição do Prefeito e da Administração? A quem serve jogar o povo contra o Prefeito? Pense. Reflita. E não seja mais um inocente útil a serviço sabe-se lá de quem.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mauro Brum quer crescer!

Todos queremos melhorar. De um modo ou de outro, sempre buscamos crescer. Faz parte da natureza humana. Ha teses, inclusive, de que esta característica humana seria um dos impeditivos para o sucesso do socialismo. As pessoas querem mais. E melhor. Vejam o caso do Vereador Ilson Mauro da Silva Brum, por exemplo. Ele quer crescer.E não estou falando de estatura (embora também precise). E não pensem tampouco que estou falando aqui de querer ser Prefeito. Não, nada disso. O Ver. Ilson tem o legítimo direito de querer ser Prefeito, desde que esteja com as exigências eleitorais em dia, e tudo indica que está. Eu me refiro a querer melhorar como pessoa, crescer nas suas características mais íntimas. E a esse "querer" o Ver. Ilson também tem o legítimo direito. O que o Ver. Ilson não tem direito é de aspirar a essa melhora como pessoa, às minhas custas. Ou às suas (suas leitor, não suas dele). Pois é isso que o Ver. Ilson fez recentemente e com o que o ordenador de despesas da Câmara, provavelmente o seu Presidente, o Ver. Azambuja, foi conivente, para dizer o mínimo. 

O Ver. Ilson, pago pelo Ver. Azambuja, com o rico dinheirinho dos nossos impostos, se dirigiu à capital do Estado, na datas de 14 e 15 de fevereiro de 2012, mais precisamente na sede do IGAM, um conhecido Instituto (privado) que presta cursos e assistência jurídica (muito bem paga) às Câmaras de Vereadores do interior que não levam muito a sério seus procuradores, para a realização do Curso "Técnicas de Apresentação e Oratória –Módulo Avançado" .

Para a realização do Curso "Técnicas de Apresentação e Oratória –Módulo Avançado", a Câmara de Vereadores de Uruguaiana, pagou ao IGAM, repetindo, com o rico dinheirinho dos nossos impostos, a importância de R$320,00. Barato até, não? Bueno, mas tem mais. Afora o valor da inscrição, o Ver. Ilson recebeu da Câmara mais R$ 469,16 a título de deslocamento. Considerando que duas passagens de ônibus Leito para Porto Alegre, ida e volta,  custam R$ 401,60 (a mais cara, com seguro), ainda sobraram R$ 67,56 para o Ver. Ilson pegar uns táxis (já que é para deslocamento mesmo). Até aí, tudo bem....o Ver. Ilson tem direito de querer melhorar as sua "Técnicas de Apresentação e Oratória " com o nosso dinheiro, afinal ele é candidato a Prefeito, e precisa se expressar com qualidade para o povo, para que este entenda corretamente as suas propostas. E nada mais justo que este mesmo povo, que vai ser beneficiado pelas "Técnicas de Apresentação e Oratória" do Ver. Ilson, pague por isso.

Mas ainda tem mais. Além de você ter ajudado a pagar a inscrição, o ônibus e o táxi do Ver. Ilson, para que ele domine amplamente as "Técnicas de Apresentação e Oratória", você ainda pagou duas diárias, no valor de R$ 536,35 cada uma, para o Ver. Ilson. Claro, além do táxi, o Ver. Ilson precisava pagar hospedagem e alimentação em Porto Alegre. Imagina você se o Ver. Ilson, ao fazer um renomado Curso de "Técnicas de Apresentação e Oratória", que trará vantagens exclusivamente para o povo que o nobre edil representa, poderia dispender um único tostão nesta empreitada. Nada disso. 

Então, somando, temos R$320,00 + R$469,16 R$1.072,70 = R$1.861,86 gastos pela Câmara de Vereadores, autorizados pelo Pres. Ver. Azambuja, e pagos com o nosso rico dinheirinho, para o Ver. Ilson aperfeiçoar as suas "Técnicas de Apresentação e Oratória" (queria ver se o Ver. Azambuja autorizaria esta despesa se fosse com o dinheiro dele).

Falando sério, agora. Não importa nem um pouco se é muito ou é pouco. O que importa é a mentalidade de quem faz e/ou autoriza isso. É a total e completa falta de respeito com o dinheiro público. E não se esqueça: o dinheiro público é, na verdade, o dinheiro do público. E o público somos nós, que assistimos de camarote dois vereadores de meia pataca fazerem acrobacias contábeis para justificar um aumentozinho fuleiro na própria renda, que é para isso que servem as diárias e todo mundo sabe.

Já imaginou o Prefeito mandando o Schneider fazer um Curso de dicção em Porto Alegre pago pela Prefeitura? Ia ser o Armagedon! O Clemente irromperia no Plenário da Câmara numa Carruagem de fogo puxada pelos 4 cavaleiros do Apocalipse. O Ronnie ia parar de distribuir beijos e abraços e o Rogério, num susto, começaria a colocar "S" no final de todas as palavras do seu vocabulário. 

Sugiro a todos que dêem uma olhada no Portal Transparência da Câmara. Tem cada coisa....umas diárias prá Alegrete, coisa mais linda!!

Tirando os 3 últimos parágrafos, os anteriores são fatos, não opiniões. Os dados estão no site da Câmara de Vereadores, no link Portal da Transparência ............................(desculpem, quase tive um troço, aqui.). 

Julguem por si quão probos e morais são os atos de quem os cometeu e de quem os autorizou. E esses são dois pré-candidatos a Prefeito neste ano. Pense nisso.

ps.: Dizem as más línguas na Câmara que o Ver. Ilson quer melhorar a voz por que tem medo de não ser visto nas caminhadas e arrastões, devido à estatura. Pura maldade.